sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Retinopatia diabética é uma das causas mais comuns de cegueira no Brasil

O diabetes é uma doença bastante comum, que atinge cerca de 7% dos adultos entre 30 e 69 anos e chega a acometer até 17% da população com mais de 50 anos (dados da Sociedade Brasileira de Diabetes). Entre outras implicações importantes na saúde do paciente, como a doença isquêmica cardíaca, doença renal, ou neuropatia diabética (o que contribui para a impotência masculina e doença do pé diabético), ela também pode afetar a visão.

A retinopatia diabética é uma das causas mais comuns de cegueira no Brasil em pessoas entre 30 e 65 anos. Aproximadamente, 10% das pessoas com diabetes têm retinopatia, que exige acompanhamento médico ou tratamento.

As flutuações do açúcar no sangue, característica da doença, podem causar alterações na concentração do líquido no interior das células do cristalino, nome dado a uma lente natural localizada no interior dos olhos, e causar turvação visual temporária, principalmente se o controle da diabetes não é rigoroso. O diabetes também pode causar catarata em pessoas jovens, ou acelerar o desenvolvimento de catarata em pessoas idosas.

Além disso, a severidade da lesão ocular observada na retina pode ser um indicador do aumento do risco de complicações do diabetes em outros órgãos.

De olho na prevenção

O bom controle dos níveis de açúcar no sangue do diabético pode reduzir o risco de retinopatia em 60% no tipo I (insulina dependente) e 40% no tipo II (não insulina dependente), e também irá reduzir o risco de outras complicações diabéticas.

Quando as pessoas desenvolvem retinopatia diabética, podem não apresentar nenhum tipo de sintoma na fase inicial da doença, pois, muitas vezes, a lesão afeta a retina em uma área distante da área central da visão, daí a importância da avaliação precoce oftalmológica, a fim de evitar estágios avançados da doença.

A hora dos exames

Quando confirmado o diagnóstico de diabetes o paciente deverá ser examinado anualmente, com exames que incluem a acuidade visual, pressão ocular e o exame da retina, sempre com a pupila dilatada.

Tratamento para a doença

Confirmado o diagnóstico de retinopatia diabética, o paciente será encaminhado ao especialista chamado retinólogo, que poderá determinar outros exames de maior complexidade como a angiofluoresceinografia, ultrassonografia ou tomografia de coerência ótica, se for necessário, ou indicar tratamentos como a fotocoagulação da retina utilizando laser. Pode-se utilizar, ainda, a aplicação de substâncias anti-inflamatória e antiproliferativas, e nos casos mais graves, a cirurgia de remoção do vítreo, chamada de vitrectomia.


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